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Estado fortalece combate ao feminicídio com mais prisões e ampliação da rede de proteção
Ilha Solteira foi uma das cidades pioneiras em ter uma delegacia especializada no atendimento de violência contra a mulher
Por Administrador
Publicado em 02/08/2025 08:32
Segurança

JORNAL DA ILHA - Segurança

São Paulo - As Delegacias de Defesa da Mulher registraram no primeiro semestre deste ano um aumento nas prisões em flagrante de autores de feminicídios. Até junho, foram 68 presos em flagrante pelo crime em todo o estado. No primeiro semestre do ano passado, 57 autores de feminicídios acabaram presos logo após o delito.

Na capital paulista e região metropolitana, houve 32 flagrantes neste ano. Em 2024, 20 pessoas foram detidas por homicídio praticado contra a mulher — um aumento de 60% nos flagrantes. Além disso, no período, as Delegacias de Defesa da Mulher esclareceram 48 casos em todo o estado de São Paulo.

Os dados evidenciam os resultados de uma atuação mais rápida e coordenada entre as forças de segurança para combater o crime, que oscila nos municípios paulistas, e dar uma resposta célere à sociedade.

“Todos os crimes de feminicídios são rigorosamente investigados pela Polícia Civil, com apuração qualificada e equipe especializada, esclarecimento dos fatos e encaminhamento à Justiça, com a devida atenção e dedicação que cada caso necessita”, explicou a delegada Adriana Liporoni, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do estado.

Neste ano, as DDMs registraram 128 feminicídios em todo o território paulista. Entre janeiro e junho do ano passado, foram 121 crimes em razão do gênero investigados pelas delegacias especializadas. Conforme a Polícia Civil, o índice de esclarecimento para 2025 chega a 90% dos casos.

Além da responsabilização criminal, o estado promove constantes investimentos na ampliação e qualificação da rede de atendimento às mulheres. Com a rede de apoio mais acessível e atuação integrada, São Paulo avança no enfrentamento ao feminicídio.

No primeiro semestre deste ano, houve 58,5 mil solicitações de medidas protetivas de urgência ao Poder Judiciário. O deferimento desses pedidos demonstra maior eficácia da resposta institucional e aumento da confiança das vítimas no sistema.

Existem também as salas DDM, espaços exclusivos, reservados e acolhedores dentro das delegacias, destinados ao atendimento humanizado das vítimas de violência. Já são 164 salas em funcionamento em todo o estado, com novas unidades sendo instaladas progressivamente, com o objetivo de assegurar maior privacidade e dignidade no acolhimento das mulheres.

“As ações da Polícia Civil também se desenvolvem de forma integrada com as demais forças de segurança e com a rede de proteção às mulheres. Isso reafirma o compromisso institucional no enfrentamento à violência contra a mulher e na prevenção dos crimes letais, como o feminicídio”, acrescentou a coordenadora das DDMs. “O estado investe permanentemente na formação continuada das polícias, considerada indispensável para que os agentes públicos reconheçam e tipifiquem as diferentes formas de violência de gênero, incentivando a denúncia e o registro do boletim de ocorrência.”

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