JORNAL DA ILHA - Segurança
Ilha Solteira - A Câmara Municipal de Ilha Solteira, por meio de seus Vereadores, manifesta à população o seu profundo pesar, indignação e preocupação diante da ausência de respostas concretas sobre o desaparecimento da jovem Carmen Oliveira, mulher trans e negra, estudante da Unesp, ocorrido no dia 12 de junho de 2025, nas proximidades do Campus II da universidade, neste município.
Desde o início do caso, a Câmara tem acompanhado com atenção e responsabilidade os desdobramentos da investigação, e, diante da gravidade da situação, do tempo decorrido e da comoção social, adotou uma série de medidas oficiais para pressionar as autoridades competentes e exigir celeridade e eficácia nas ações de busca e responsabilização dos envolvidos.
Entre os atos institucionais já realizados destacam-se:
• Encaminhamento de ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, à Polícia Civil, ao Ministério Público, à Ouvidoria da Polícia e à OAB, solicitando prioridade máxima nas investigações, reforço de efetivo policial, transparência no processo e apuração de possíveis omissões institucionais;
• Envio de ofício à Polícia Federal, requerendo atuação subsidiária ou cooperada, diante da repercussão do caso, da possível violação de direitos humanos e da ausência de solução concreta após mais de 20 dias de desaparecimento;
• Solicitação formal à Polícia Ambiental e à Marinha do Brasil, para apoio técnico nas buscas em áreas rurais, matas, rios e margens do município, dada a geografia complexa da região e a necessidade de atuação especializada;
• Acompanhamento das manifestações públicas organizadas por familiares, estudantes e cidadãos, reconhecendo o direito legítimo da sociedade à mobilização e à exigência de justiça e verdade;
• Monitoramento constante dos desdobramentos do inquérito policial, com acompanhamento do Legislativo Municipal.
A Câmara Municipal reafirma seu compromisso com a dignidade da pessoa humana, com a defesa da vida e com a proteção dos direitos das populações vulnerabilizadas, como é o caso de Carmen Oliveira, cuja identidade de gênero e racial impõem ainda maior responsabilidade institucional na resposta a esse crime.
Reiteramos nossa solidariedade à família, amigos e à comunidade acadêmica da UNESP, e informamos que novas providências serão adotadas caso haja permanência de omissão ou ausência de desfecho concreto.
Fonte: Câmara Municipal - Ilha Solteira / Jornal da Ilha - Ilha Solteira.